Jornal Rascunho – 14 anos

RascunhoEnquanto finalizava a leitura do próximo livro a ser resenhado aqui, soube que o Jornal Rascunho estava completando, ontem, 8 de abril, 14 anos de existência.

Decidi, então, adiar a resenha para falar um pouco da minha relação com o Rascunho.

Conheci o jornal já não lembro exatamente quando. Mas, assim que tomei conhecimento de sua existência, veio a vontade de tentar participar de alguma forma, o que aconteceu em 2007, quando foi publicada uma resenha que fiz do romance “Eu, Deus”, de Sidney Garambone. De lá para cá, tive mais dois textos publicados no jornal, sobre os livros “Homem comum”, de Philip Roth, e “O santo sujo“, biografia de Jayme Ovalle escrita por Humberto Werneck, além de um no site, comentando “Literatura e política”, de George Orwell.

Todos foram textos que escrevi e mandei para a avaliação de Rogério Pereira, editor e fundador do jornal. Com isso quero dizer que volta e meia eu enviava e-mails para o Rogério, sugerindo pautas, me colocando à disposição dele para ajudar o jornal no que quer que fosse. Eu tinha vinte e poucos anos e era chato pra caramba. Mas isso nunca foi motivo para o Rogério me destratar ou deixar de responder alguma mensagem. Muito pelo contrário. (Mas não vão também encher a paciência dele agora, por favor.)

Infelizmente não consegui manter uma regularidade de colaborações com o jornal. Além de bater na trave algumas vezes – sugerir livros que já haviam sido ou que seriam resenhados, por exemplo -, passei a colaborar com outros veículos, consegui outros tipos de trabalhos e, sem perceber, acabei deixando o Rascunho de lado. Não que meus textos façam falta por lá, longe disso. Eu é que sinto falta de ver meu nome entre os colaboradores, e meu texto impresso em suas páginas.

Qual não foi a minha surpresa quando, em dezembro de 2011, recebi um e-mail de Yasmin Taketani, então responsável pelos perfis em redes sociais do Rascunho, me convidando para estrear a seção “Eu recomendo”. Como não conhecia a Yasmin, deduzi que o convite era coisa do Rogério, uma gentileza da qual jamais vou esquecer.

Meu pequeno comentário, recomendando a leitura de “O encontro marcado”, romance de Fernando Sabino, saiu na edição de janeiro de 2012, exatos cinco anos depois da primeira colaboração minha com o jornal (o texto sobre “Eu, Deus” foi publicado na edição de janeiro de 2007).

Depois disso, a única coisa que consegui enviar para o Rascunho foi uma entrevista que fiz com o Humberto Werneck, por ocasião da reedição do seu excelente “O desatino da rapaziada”, que foi publicada no site em novembro de 2012 – um bate-papo muito bacana, a propósito, graças ao Werneck, claro. Mas um dia eu volto a colaborar.

E é isso, ao menos por enquanto. Espero ter mais histórias para contar, daqui a alguns anos. Parabéns e vida longa ao Rascunho e ao seu editor!

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Voltando um pouco no tempo: em 2011, Antônio Abujamra entrevistou Rogério Pereira em seu programa “Provocações”, na TV Cultura. Ao introduzir seu convidado, Abujamra diz que o Rascunho é “o jornal mais inteligente e provocativo deste país (…) Nenhum outro jornal do Brasil se arrisca a fazer frente a esse que quase ninguém conhece. (…) Adivinhe do que trata esse jornal? Óbvio: literatura. É por isso que pouca gente lê“. (Os vídeos da entrevista seguem mais abaixo, não deixem de assistir!)

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Nem só de história e elogios vive o Rascunho. Quem quiser e puder assinar o jornal – a assinatura anual custa 84 reais -, pode clicar aqui. Quem não puder, pode baixar as edições gratuitamente, em PDF, no site.

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No fim de 2013, Rogério Pereira estreou na ficção, com o romance “Na escuridão, amanhã“, publicado pela editora Cosac Naify. Em breve ele será resenhado aqui n’O Brasil é tão longe.

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