O escritor mineiro Jaime Prado Gouvêa não é muito chegado a falar em público. Por isso, é um pecado não assistir à conversa entre ele e o também escritor Luís Henrique Pellanda proporcionada pelo Paiol Literário, evento organizado pelo jornal Rascunho, de Curitiba, em parceria com o Sesi Paraná, a Fundação Cultural de Curitiba e a Fiep.
A conversa, que aconteceu em maio de 2012, está dividida em três links, num total de seis vídeos, 2 em cada página. Ei-los:
Percebam como o Jaime não é de ficar “enrolando”, floreando o próprio discurso. Ele é direto, fala o que pensa, o que sente. Suas simplicidade e sinceridade chegam a ser intimidadoras.
Apesar de ter publicado quatro livros entre a década de 1970 e o início da década de 1990, Jaime considera que sua obra completa são os livros “Fichas de vitrola & outros contos” (Record, 2007) e “O altar das montanhas de Minas” (Record, 2010, romance). O primeiro reúne contos dos seus três primeiros livros, além de alguns inéditos em livro, e o segundo é uma reedição da obra originalmente publicada em 1991. Ambos são excepcionais.
Anos atrás escrevi uma resenha do “Fichas” e fiz uma pequena entrevista com o Jaime, que pode ser lida aqui, e duas resenhas do segundo, que podem ser lidas aqui e aqui. Recentemente entrevistei novamente o autor, para a revista eletrônica de contos Outros Ares, que era editada por mim e pelo escritor e tradutor Marcelo Barbão. Para lê-la, é só clicar aqui.
Para acessar a transcrição do Paiol Literário com o Jaime, que já estava disponível na internet desde o ano passado, é só clicar aqui.
E, é claro, recomendo veementemente a obra de Jaime Prado Gouvêa. Dia desses bateu a vontade de reler “O altar das montanhas de Minas”, comecei a passar os olhos pelas primeiras páginas e fui novamente capturado pelo livro. Tive de interromper bruscamente a leitura porque, se eu continuasse, não terminaria um trabalho. Mas voltarei a ele assim que estiver com a mente mais leve.