Livros, escritores, a literatura – a arte, enfim – são pontes. Para emoções, descobertas, aventuras, emoções, paixões e lembranças, sejam elas marcantes ou (aparentemente) bobas.
Uma das lembranças “bobas” que Philip Roth me traz foi ter encontrado o jornalista Humberto Werneck no aeroporto de Campinas, se não me engano, e ele estar chateado por ter perdido seu exemplar de “Fantasma sai de cena”. Pensei até em mandar um exemplar pra ele, mas a grana estava curta.
Outra lembrança “boba” está registrada num dos textos do meu “Mais um para a sua estante”. Roth é apenas citado na crônica – o protagonista é Coetzee -, mas não tenho como lembrar do caso sem lembrar de Roth. Quem tiver curiosidade pode ler a versão original do texto aqui.
Como ponte, meu interesse por Roth me fez procurar a jornalista Claudia Roth Pierpont, autora de “Roth Libertado”, e propor uma entrevista. Ela aceitou, conversamos por e-mail, e o resultado foi publicado numa edição da revista Brasileiros (em breve republico a entrevista aqui no blog, pois acabo de descobrir que ela não está mais disponível na internet).
Anos depois, uma nova ponte: da Claudia Pierpont consegui chegar a uma pessoa que me fez chegar à Lydia Davis, com quem tive uma conversa por e-mail, publicada na Revista Outros Ares.
Emoções, descobertas, aventuras, emoções, paixões e lembranças. Literatura é tudo isso e muito mais. Literatura é: vida.
Adeus, Roth. Obrigado por tudo até aqui, e por tudo o que ainda está por vir, pois muitos dos seus livros estão na minha fila de leituras e certamente trarão outros casos, memórias, pontes e emoções.